2 de junho de 2009

Propaganda Online

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Internet é considerada local onde qualquer um pode expor as suas ideias livremente para o público. No entanto, existe gente que leva essa ideia demasiado à letra, e esquece-se que para além da internet existem leis. Essas pessoas, ignorando o código penal do seu país, criam sites na internet onde expõem as suas ideias preconceituosas – ideias que podem ser racistas, xenófobas, anti-semitistas, entre outras – e tentam difundi-las pelo público do seu site. Muitas vezes esses sites estão incluso ligados a grupos de ódio tradicionais, como neonazis, ou mesmo existir uma relação entre vários sites do mesmo tipo. Muitas vezes, e sobretudo devido à possibilidade da lei reagir perante estes sites, os preconceituosos disfarçam os seus sites para à primeira vista não serem identificados. Geralmente encontram-se disfarçados sob a forma de site de empresa, onde se podem adquirir artigos, “ajudando a estas causas”. O mesmo tipo de sites também costuma tentar reunir fundos para pôr em prática os seus ideais imorais.

A Internet é a ferramenta de propaganda por excelência, para levar as suas mensagens preconcebidas a outras pessoas, e recruta-las para aderir aos seus planos de agir conforme os seus preconceitos. Estes chegam mesmo a conseguir patrocinadores. Inúmeros factores tornam a internet atraente para os promotores do ódio. É barata, difícil de monitorar e virtualmente impossível de tirá-la da rede. Mais ainda, não tem fronteiras, então um pequeno grupo local no movimento do ódio pode agora se tornar um operador global.

Uma das acções que os criadores deste tipo de sites fazem é inserir termos chaves nas ferramentas de busca da internet, seu site poderá ser visitado por grande número de pessoas, que entram pelo menos uma vez, sem suspeitar de nada.

Os media também têm um papel fundamental noutro tipo de actividade: o terrorismo.

Os grupos terroristas pretendem que os seus actos de destruição sejam divulgados mundialmente, para que estes e a mensagem contida neles sejam eficazes. Para tal, eles contam com os media, na medida em que estes permitam a “apresentação” do seu trabalho a nível mundial. Infelizmente, os media não podem ignorar ou silenciar este tipo de acontecimentos, porque faz parte do seu dever deontológico e profissional divulgar, com o devido relevo, este factor noticioso. Mas, por outro lado, os órgãos de comunicação social também se servem dos atentados terroristas para atingirem o maior número de audiências. O acto terrorista em si é um acontecimento de elevado sucesso no plano informativo, em termos de valores noticiosos, uma vez que conjuga os critérios de “noticiabilidade” mais importantes, como o inesperado, a negatividade, a amplitude, a dramatização e o conflito.

O terrorismo sabe que o seu «tempo de antena» está assegurado. Basta actuar. E quanto mais substanciais forem os danos materiais e humanos, maior será a sua visibilidade.

Entre o terrorismo e a televisão estabelece-se uma certa mutualidade que resulta num «teleterrorismo». O terrorismo age, preferencialmente, para a televisão, e esta faz do terrorismo um espectáculo.

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