2 de junho de 2009

Quando a Internet e Tráfico se Unem...

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A Internet tem sido a fonte de informação mais importante do nosso dia-a-dia. No entanto, a mesma ferramenta que nos permite descobrir as novidades da ciência actual também é usada para algumas das acções mais macabras existentes. Estes actos monstruosos relacionam-se com tráfico de crianças, de mulheres e de drogas. A forma como a Internet é usada diariamente e os milhões de utilizadores diários têm sido o que mais atrai os criminosos que realizam estas acções hediondas. Para facilitar ainda mais a tarefa destes criminosos, os encontros online permitiram que pessoas até então isoladas se juntassem com o mesmo fim: o tráfico.

Comecemos então por falar no tráfico de drogas. Tal como na maioria dos crimes, este tem preferência pela internet exactamente pela dificuldade de apanhar o vendedor, já que a negociação não é feita directamente. Sem necessidade de receita médica ou identificação, qualquer um pode adquirir desde remédios para dieta até cocaína e anfetamina.

Crianças e adolescentes, mais facilmente influenciáveis pelos media, são as vítimas preferenciais neste negócio. A problemática desta situação é que os sinais que poderiam impedir que os jovens caíssem na criminalidade não são tão claros na Internet. Piorando esta situação vem o facto de que os “vendedores de droga online” têm aumentado significamente, tal como é indicado abaixo:
“De acordo com o relatório de 2001 da Jife, apresentado na sede do órgão, em Viena, o tráfico de drogas cresceu extraordinariamente na internet, onde traficantes utilizam os foros de discussão e as farmácias virtuais para vender drogas e remédios que só podem ser obtidos mediante a apresentação de receita médica. "É possível encontrar na rede informações sobre como fabricar drogas artesanalmente, e diferentes maneiras de enganar os 'cibercontrolos' da polícia", explicou Ghodse.”

[…]

"As consequências dessa evolução são alarmantes. Crianças e adolescentes correm o risco de cair na criminalidade, vítimas da desinformação, da propaganda e da lavagem cerebral realizada por indivíduos virtuais cujo único objetivo é tirar proveito dos consumidores, cada vez mais numerosos", estima a Jife.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u37619.shtml

O tráfico de mulheres e crianças para fins como escravidão sexual também tem aumentado drasticamente ao longo do tempo. Por ser uma actividade considerada repugnante pela maioria das pessoas, os autores destes crimes não conseguiam ter muito sucesso, e facilmente eram “separados pela sociedade”.

No entanto, a Internet, que permitiu o desenvolvimento das comunicações a longa distância, permitiu também a formação de comunidades constituídas pelos traficantes e/ou abusadores, incluindo pedófilos. Não só estas comunidades online conseguiram se manter “secretas” à vista das pessoas normais, como também praticam a sua actividade e vendem escravos sexuais dentro das suas comunidades. Redes de pedofilia são desmanteladas, no entanto o ritmo com que estas se formam é alarmante.

Só para exemplificar, estimula-se que a pedofilia movimente em torno de 300 Milhões de dólares (e isto falando apenas em venda de fotos e vídeos de abusos sexuais). A nível global, já foram encontrados acima de 17.000 sites de pedofilia, ainda podendo estar presentes na net muitos milhares deles por descobrir. Se a estes números adicionássemos o tráfico também de mulheres (considerado o 3º tráfico que rende mais aos “vendedores”) e até tráfico de pessoas para outros fins, como para tráfico de órgãos, por exemplo, os números finais seriam gigantescos. O país com maior índice de casos de pedofilia é a Tailândia.

Devido a estes problemas, é necessário ter em conta a necessidade de equipas de investigação especializadas, conhecedoras de informática, para que a pesquisa e o desenterro destes grupos criminosos seja possível.

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